O Brasil tem jeito. E sabe quem vai dar um jeito nisso? A gente. O povo. Só com muito trabalho e criatividade é que vamos sair desse atoleiro econômico. Não vale nem a pena falar de política aqui. A mudança só vai ocorrer se partir do povo.
Precisamos gerar emprego, criar valor, gerar riqueza, girar a economia. Mas com as leis trabalhistas atuais isso não vai acontecer. Sou da área de tecnologia e comunicação, lido com jovens entrando no mercado de trabalho há mais de 20 anos. Geração X, Y, Z
Não estamos falando de trabalhadores braçais do início da era industrial, explorados pelo grande capital. Estamos falando de jovens muito inteligentes, com um acesso à informação jamais visto, capazes de gerar riqueza em um mundo virtual. Com necessidades e expectativas muito diferentes daquelas do século passado, da qual faz parte esse arcaico modelo de CLT.
Eu já vi muito estagiário começando na empresa e em pouco tempo com alguma orientação, abrir seu próprio negócio e ganhar muito mais. Infelizmente esse número é ainda muito pequeno. Temos que aumentar esse volume. As empresas demandam serviços, mas não podem arcar com os riscos trabalhistas, principalmente quando necessitam de trabalhos de marketing e tecnologia.
Os jovens não querem mais trabalhar com horários engessados. Querem ter seus horários, querem mesclar lazer com aprendizado e com trabalho. Precisam de pausas mais frequentes. Não querem bater cartão. Querem trabalhar de casa, da rua, do Starbucks. Parece ruim para a empresa? Não é. Gera muito mais engajamento e resultado. E esse é o segredo: resultado.
Mecanismos de controle arcaicos não funcionam mais. Não adianta colocar um supervisor na sala olhando se todos estão trabalhando, câmeras, grades, tornozeleiras
Opa, isso era da época da escravidão! Resultado é a palavra-chave, o ponto focal.
Baseando o relacionamento em resultados, a liberdade aparece. O colaborador cresce, o resultado cresce, todos se beneficiam. Existem formas corretas de se fazer isso. Com tecnologia. Metas.
Que tal fazermos um esforço conjunto, educar os jovens a entrar no mercado de trabalho de form correta, alinhar expectativas, criar mecanismos onde eles possam trabalhar da forma que anseiam, gerando riquezas para eles e para as empresas para as quais prestam serviços?
Nós já iniciamos esse processo, há 5 anos com o projeto Laranja Mecânica. Desde 2011, inserimos no mercado de trabalho dezenas de jovens que iniciaram como estagiários, foram treinados, capacitados e conseguiram empregos em nossos clientes. Muitos abriram suas próprias empresas de consultoria em marketing digital ou vendas. Estão muito felizes. E do lado das empresas, dezenas conseguiram um nível de serviço mais elevado, com um custo mais baixo e conquistaram excelentes resultados. Como isso?
Com criatividade. A moeda deixa de ser somente o dinheiro e vira o conhecimento. Conhecimento que muda uma vida. Foco na geração de resultado. Investimento mútuo.
Tenho certeza de que esse modelo pode ser aplicado em diversos outros segmentos. Minha especialidade é tecnologia e comunicação e aqui tem dado muito certo. Selecionamos estudantes, capacitamos, oferecemos estágio e depois que mostram resultados, tem opções de serem contratados ou abrir sua própria empresa já com clientes conquistados. E vencem sempre os melhores.
É ensinar a pescar e não entregar o peixe. Uma relação ganha-ganha-ganha. Boa para o profissional, boa para o cliente, boa para nós. Gostou da idéia?